Imagine uma sociedade com economias baseadas em solidariedade, democracia econômica, tecnologias avançadas e retorno à comunidade? Impossível? Ou um ideal a ser defendido?

O que é a Rede Economia Social?

A Rede Economia Social é um coletivo de acadêmicos e ativistas da área de economia social no Brasil. O coletivo tem como propósito fomentar debates sobre alternativas produtivas de autogestão no país e direcionar a atuação do Estado para fomento da economia social por meio de arranjos institucionais e jurídicos facilitadores. Nossa meta é tornar a economia social uma realidade concreta no Brasil e não apenas um segmento menor do setor produtivo e do trabalho no país.

A Rede Economia Social foi fundada em 2016 e será estruturada como associação civil sem fins lucrativos no segundo semestre. Seus membros estão espalhados em diferentes regiões do país, articulados por meio de um núcleo no Paraná e outro em São Paulo.

A Rede Economia Social organiza-se pelos sete princípios do cooperativismo: (1) adesão voluntária, (2) gestão democrática, (3) participação econômica, (4) autonomia e independência, (5) educação, formação e informação, (6) intercooperação e (7) interesse pela comunidade.

A Rede inspira-se em um movimento global de apoio à economia social.

Áreas de investigação

A Rede Economia Social tem três eixos de investigação para 2017:

  • Hortas urbanas comunitárias: ativismo ecológico em centros urbanos e hortas urbanas geridas pela própria comunidade
  • Plataformas de compartilhamento: tecnologias que permitem relações de trocas entre pares, fomentando reutilização de bens ociosos e troca de saberes
  • Cooperativas de produção imaterial: cooperativas que organizam o trabalho imaterial, como produção artística, jornalismo, análise de dados e programação

Grupo de estudos sobre Economia Social

Como atividade inicial da Rede Economia Social, criamos um grupo de estudos sobre a temática da “economia social”. A pergunta de fundo é bastante simples; afinal, o que quer dizer esse termo? Por que falar de “economia social” e não de “economia solidária”? O que diferencia “economia social” de “terceiro setor” ou “negócios sociais”?

Entendemos que, para estratégias políticas em comum, precisamos compartilhar alguns conceitos. Por isso a importância de um grupo de estudos.

O grupo irá de abril a outubro de 2016, com encontros quinzenais. Os encontros serão virtuais, conforme previsto no documento anexo. As leituras estão todas detalhadas e estarão disponíveis digitalmente.

Confira o plano de estudos do grupo de estudos Economia Social.

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Outras Redes

Uma rede de sujeitos só faz sentido se articulada com muitos nódulos, potencializando seu trabalho e sua atuação em sociedade.

Indicamos aqui o trabalho de outras redes e organizações da sociedade civil relacionadas à economia social no Brasil que inspiram a atuação da Rede Economia Social:

  • Associação de Apoio às Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte: fundada em 1985 em Natal, atua na capacitação em metodologias participativas em desenvolvimento local sustentável e gestão social;
  • Associação para Desenvolvimento Local Co-Produzido: fundada em 2001 em Fortaleza, atua em projetos de economia popular e solidária, participação e organização política, segurança alimentar e agroecologia;
  • Assessoria & Planejamento para o Desenvolvimento: fundada em 1992, tem como missão instrumentalizar as populações de baixa renda – especialmente grupos formados por mulheres chefes de família – para o planejamento, implementação e monitoramento de empreendimentos comunitários e cooperativos, voltados para um desenvolvimento integral e harmônico;
  • Centro de Ação Comunitária: fundado em 1979 no Rio de Janeiro, capacita movimentos sociais urbanos para gerar ações políticas e organizativas orientadas para a produção do desenvolvimento, da democracia e da cidadania, atuando na Rede Intercontinental para Promoção da Economia Social e Solidária;
  • Centro de Assessoria e Estudos Urbanos: fundado em 1988 em Porto Alegre, atua para garantir direito à cidadania e à cidade, com base no tripé organização territorial, econômica e social.
  • Centro de Tecnologias Alternativas Populares: fundado em 1986 em Passo Fundo (RS), a organização estimula o desenvolvimento de uma agricultura sustentável que se orienta nos princípios da agroecologia;
  • Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo: fundado em 1981 em Curitiba, o Cefuria tem como objetivo contribuir para a formação política e articulação dos movimentos populares de Curitiba e Região Metropolitana, com enfoque em economias solidárias, empreendimentos comunitários e clubes de troca;
  • Comitê para a Democratização da Informática: fundado em 1995 no Rio de Janeiro, o CDI é uma organização social voltada ao empoderamento digital, que busca formar jovens autônoms aptos a reprogramar o sistema em que estão inseridos por meio do uso da tecnologia.
  • Cooperação e Apoio a Projetos de Inspiração Alternativa: criado em 1988 no Rio de Janeiro, o COPINA apoia a economia dos setores populares e atividades econômicas de resistência à falta de meios de sustentação da vida, atuando no fortalecimento dos empreendimentos econômicos dos setores populares;
  • Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas: fundado em 1981 no Rio de Janeiro por Hebert de Souza (Betinho), atua como ator na sociedade civil com o compromisso intelectual e prático de radicalização da democracia como modo de vida em sociedade.
  • Instituto Ecoar para a Cidadania: fundado em 1992 em São Paulo, atua em questões ambientais e contribui para a construção de sociedades sustentáveis;
  • Instituto Sociedade, População e Natureza: fundado em 1990 em Brasília, atua no apoio a projetos de organizações de base comunitária voltados à conservação dos biomas brasileiros e à melhoria da qualidade de vida das populações do campo, das florestas e das savanas;
  • Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul: fundada em 1986 no Rio de Janeiro, o PACS é uma organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento solidário. O desafio é pensar a economia de forma contra-hegemônica e solidária, procurando rumos alternativos ao atual sistema socioeconômico;
  • Instituto Kairós: fundado em 2000 em São Paulo, desenvolve ações de formação em comércio justo e solidário para os atores da cadeia produtiva;
  • Programa de Aplicação de Tecnologia Apropriada às Comunidades: fundado em 1970 em Campina Grande (PB), atua no fortalecimento da agricultura familiar no semi-árido brasileiro, especialmente no Estado da Paraíba, através da agroecologia como base técnica, metodológica, científica e organizativa, na perspectiva do desenvolvimento sustentável;
  • Rede Sociologia Econômica: fundada em 2011, articula pesquisadores da área de sociologia econômica de todo o país;
  • Rede de Tecnologia Social: fundada em 2005 em Brasília, reúne, organiza, articula e integra um conjunto de instituições com o propósito de contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável mediante a difusão e a reaplicação em escala de tecnologias sociais;
  • Serviço de Tecnologia Alternativa: criado em 1989 em Ibimirim (PE), atua por meio da Proposta Educacional de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável (Peads) na articulação latino-americana de entidades voltadas para a segurança alimentar e o fortalecimento da agricultura familiar;

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Gostaria de indicar alguma organização ou rede que não está aqui? Deixe um comentário para nós!